Thursday, September 05, 2013

Novo projeto!

Se por qualquer motivo desconhecido você ainda visita este blog, é com prazer que informo que estou com outro projeto em andamento junto com outros amigos: o blog e podcast Segue o Jogo.

Se você perdeu os primeiros episódios, você poderá encontrá-los na página de podcasts, além de ouvir o atual episódio, o #4-A, cujo link segue abaixo:

http://segueojogo.net/segue-o-jogo-4-a-o-brasil-pos-janela/

Saudações ludopédicas, e... segue o jogo!


Monday, April 21, 2008

Estou com vontade de...

( ) ir ao banheiro.
( ) retomar esse blog.
( ) gritar "é campeão!" de novo.


Marque o "x" no lugar adequado.

Thursday, January 04, 2007

Hai-kai Popcorn

Postar para pop estar?

Pop estar para postar?

Popstar, popstar...

Thursday, July 20, 2006

Uma geração de Einsteins e Brad Pitts

Por muitos e muitos anos afirmei que a humanidade não tinha salvação. O problema não era o sistema político, não era a existência ou não de Estado. O problema, em minha visão, era um só: existiam seres humanos. Qualquer sistema estava fadado ao fracasso por um único e simples motivo: ele dependeria da boa vontade dos seres humanos.

Mas, justamente agora, quando todas as esperanças pareciam perdidas, vejo uma luz no fim do túnel. Sim, meus caros amigos, a nova geração garantirá um futuro melhor para a humanidade, o futuro brilhante que todos nós esperávamos finalmente chegará! Podemos depositar nossa confiança nos pequenos e pequenas de no máximo cinco anos de idade – serão eles que garantirão o destino glorioso ao qual a humanidade sempre fez jus!

E, veja bem, o que faço não são previsões sem bases sólidas, sem comprovação. Trata-se de mera constatação sobre o mundo que nos cerca.

Repare bem. Olhe à sua volta, procure seu colega de trabalho. Isso. Agora, pergunte a ele “como vai seu sobrinho?”, ou se tiver sorte, quem sabe você não poderá até perguntar “como vai seu filho, aquele pitoquinho?”.

Ah, estou para ver adulto mais sincero! “Sabe, ele é bonitinho, bochechudinho e tudo mais, todo cuti-cuti como deve ser, mas tenho a sensação de que ele é meio burrinho, meio pancada mesmo, sabe? Porra, o moleque já tem quatro anos e tudo que sabe falar é “cacá”. Passa o avião ele até identifica, abre os braços, finge que tá voando, faz o bigodinho do Santos Dumont, e tudo mais. Mas na hora que você acha que ele vai falar ‘olha o avião’, lá vem ele como mais um “cacá”... É triste viu? Tenho dó dos pais – esse daí não tem futuro...”

Ou, quem sabe, um honesto comentário... “Pois é, sabe o Amaral, o cabeça-de-área de Notre Dame que jogava no Palmeiras? Pois bem, o moleque parece cruzamento do Amaral com o Tevez... mas até que é bacana, dá pra brincar com ele e tudo mais – é só você ficar girando ele de ponta-cabeça que ele já se diverte horrores...”.

Ah, mas não o meu sobrinho! Não o meu filho! Ele não! Ele é inteligente, ele é lindo, tem uns olhos! E aquele jeito de andar tropeçando, aquilo não é falta de coordenação não! É um charminho, é até engraçadinho...

Ah malditos hormônios que daqui 12 anos estragarão mais uma vez com o futuro da humanidade. Malditos hormônios...

Wednesday, July 19, 2006

A elite cultural da Terra Média

Estudar na USP, PUC, Mackenzie, Cásper, etc. não é nem um pouco fácil. Não pelo vestibular e pelas provas de final de semestre – não, não! Essas, todos os estudantes informarão que basta um pouco de esforço e estudo (e em algumas matérias, nem isso...) que se consegue passar.
A grande dificuldade não é culpa da universidade em si, mas do infeliz que um dia falou para os estudantes de todas estas instituições que “vocês fazem parte da elite cultural e intelectual do país”. Deus do céu! Prefiro não entrar aqui no mérito da questão (mais uma vez...), mas há de se concordar que isso é uma responsabilidade imensa! E é assim, com o peso dessa responsabilidade sobre nossas costas que somos obrigados a encarar o mundo, conforme somos treinados nas melhores escolas da cidade desde os sete anos de idade.
O resultado, como já era de se imaginar, é um só: nos tornamos chatos! Sim, chatos, no sentido mais vil, mesquinho e chato da chatice! Sentimo-nos na obrigação de tudo discordar, de não seguir as grandes massas, de sempre estar no carro abre-alas da contra-cultura.
Para atingir esses objetivos, cada um elege seus alvos favoritos: Daizy Tigrona, Tati Quebra-Barraco, Gugu Liberato, João Kleber, Lya Luft, Paulo Coelho, Dan Brown e Sylvester Stalone. O ‘não li e não gostei’ não parece um grande crime para nós. E, que fique claro, quando se lê, o objetivo é um só: arranjar as justificativas para o fato de não ter gostado da obra, procurar seus mais ínfimos deslizes.
No entanto, como puderam reparar pelo último post neste Blog, às vezes caímos do cavalo. Entretanto, hoje não falarei novamente sobre Da Vinci e seu Código, mas sim sobre aquele que foi meu alvo preferido nos últimos cinco anos: J. R. R. Tolkien.
Sem dúvida, escolher Tolkien como alvo principal não é uma tarefa fácil, afinal, mesmo dentro da “elite cultural” ele tem seus defensores e fãs. Talvez tenha sido justamente isso que nos fez optar por ele como alvo principal: o desafio, o prazer em torrar a paciência de um fanático. Sim, porque não existe nada mais irritante do que um fanático – e nada mais divertido do que irritar um fanático. Os fanáticos não aceitamos argumentos (wow! Silepse!), não aceitamos opiniões contrárias e, não, não podemos levar esse simples comentário numa boa.
Hoje, no entanto, é dia de sacar o véu e mostrar nossa verdadeira face. Sim, eu confessarei, não acho Tolkien tão ruim assim... Não, isso não significa que eu vá aceitar calmamente pessoas ensandecidas afirmando que ele é o maior escritor de todos os tempos. Afinal, se a elite cultural não defender o humor de Machado de Assis, a classe de Eça de Queiroz e o brilhantismo de Scott Fitzgerald (para não citar os mestres que não lemos mas temos que falar bem, invariavelmente, pelo simples fato de fazermos parte da elite cultural, como Proust, Joyce, etc, etc), quem mais os defenderá?
O que poucos que convivem comigo sabem é que quando li O Hobbit nos idos de 1999, considerei-o um baita livro! Não tive dúvida e adquiri o primeiro volume de Senhor dos Anéis assim que pude. Quando acabei o primeiro volume, num final de tarde chuvoso de sexta-feira, obriguei alguém de casa a me levar até a livraria mais próxima para poder comprar os dois volumes restantes o mais rápido possível.
Pois bem, comprei-os e devorei a primeira metade do volume dois em poucos dias, até que Frodo e Sam reapareceram em minha vida. E então...Deus do céu! Jamais consegui passar do Capítulo II do Livro IV.
Vislumbro dois culpados para essa história toda: Frodo, que deve ter se revelado um personagem bastante enfadonho para mim na época, ou, quem sabe, Michael Ende, autor de História Sem Fim, talvez o grande livro/filme de minha infância.
As semelhanças entre História Sem Fim e SdA são evidentes. Não existem dúvidas que o segundo foi verdadeira condição para que o primeiro existisse, o que, fique claro, não significa cópia, mas verdadeira inspiração.
Suponho que a impressão que eu tinha, do alto de meus quinze anos, era uma só: Michael Ende instaurou a antropofagia na literatura de fantasia alemã. Ende teria engolido, devorado Senhor dos Anéis e colocado-o para fora, impregnado pelo pragmatismo germânico, que talvez tenha sido justamente o que me conquistou.
Tudo aquilo que os fãs de Tolkien consideram méritos e trunfos, eu considero besteira: ele criou uma língua nova! Ele criou uma Terra nova, com mapas e tudo mais! E daí? A impressão que sempre tive foi que isso não passava de uma grande perda de tempo – Ende não criou um alfabeto novo e não precisou desenhar mapas de Fantasia e, ainda assim, conseguiu criar um universo tão apaixonante quanto o de SdA em apenas um volume.
Devo confessar que é no mínimo curioso a História Sem Fim ser composta por um único volume, que já li duas vezes, enquanto Senhor dos Anéis, tem três volumes, que jamais consegui chegar ao fim.
A impressão que dá, realmente, é a de que, embora se diga que tamanho não é documento, ele ainda impressiona as pessoas, contando pontos a favor do prolixo Tolkien.

O fato é que, vendo o post anterior, em que admito que li e gostei de Código da Vinci e vendo o que acabo de escrever, assumindo, de uma forma mascarada, é claro, mas assumindo que até gosto de Tolkien, uma dúvida assustadora começa a tomar conta de mim: estaria eu ficando menos chato??

Sunday, July 16, 2006

Da Vinci e suas surpresas

Admito que comecei a ler o Código da Vinci por um único motivo. Não era para poder comparar com o filme, não era para melhor acompanhar as discussões do programa da Luciana Gimenez, não era por falta do que ler, nem era por vontade de adiar a monografia de final de curso (tá ok, nesse caso até era um pouco...). Meu objetivo era: ler para poder falar mal.

Se essa foi minha única motivação para iniciar a leitura, também devo confessar que acabei a leitura por um único motivo: eu estava gostando do livro.

Por mais que eu estivesse lendo o livro em busca de falhas, atento aos deslizes, verificando cada tropeço na lógica e na coerência da narrativa, a obra de Dan Brown foi capaz de me prender e me cativar.

Não que seja uma grande obra da literatura contemporânea. Longe disso. Muito menos pode se considerar um belo romance policial, no melhor estilo Agatha Christie. Longe, muito longe disso. Mas o livro tem seus méritos.

Aqueles que buscam tais méritos na narrativa em si irão se decepcionar, muito provavelmente do começo ao fim – principalmente no fim, diria eu, desapontador, forçado, hollywoodiano, quem sabe. A habilidade de Dan Brown em contar histórias policiais não chega nem próximo a de uma Agatha Christie, Sir Arthur Conan Doyle, ou, para soar mais moderno e in, um Denis Lehane (ou seja lá como se chama o autor de Sobre Meninos e Lobos). Seus diálogos são bobos, mal construídos, inverossímeis e suas seqüências de ação muitas vezes parecem escritas com um olho na conta bancária outro na adaptação para as telas.

Ora, mas afinal, qual o mérito do livro?

Seu contexto, seu pano de fundo. A mensagem, em si, sobre fé, igreja, etc., é irrelevante. Mas o contexto “histórico” que costura a narrativa é cativante. Mais do que um assunto capaz de despertar nossa curiosidade e mantê-la acordada pelas próximas 475 páginas, é um assunto polêmico, ideal para discussões filosóficas em mesa de bar. Não a existência do graal, ou a substituição da adoração de uma divindade por outra – isso é irrelevante. O principal é a discussão sobre instituições que o livro suscita, no caso, instituições ligadas ao mais polêmico dos assuntos: religião.

É justamente o tema polêmico que suscitará as discussões acaloradas, os discursos ácidos e as críticas raivosas ao livro. E será justamente o mesmo tema polêmico que levará à existência dos mais sinceros elogios à obra. Depende unicamente da opinião pré-concebida e se o livro com ela se alinha ou não. Isso porque o livro é mero romance policial, que jamais terá, ou ao menos não deveria ter, o objetivo de mudar a opinião de ninguém sobre o tema – é simples passa-tempo. Mas um passa tempo que mexe com polêmica, fé e crença.

No meu caso pessoal, hoje o livro recebe seus elogios, ao menos quanto à temática abordada, por um simples motivo: de uma forma ou de outra, concordo com a mensagem lá passada. Não sobre a “baboseira” de adoração da deusa e do sagrado feminino, mas sim quanto à desnecessidade, para dizer o mínimo, da existência da igreja nos moldes que hoje existe, bem como demais instituições de mesmo caráter, para a correta “propagação” e aplicação dos ideais cristãos (ou de qualquer outra religião, doutrina, etc.). Não entrarei aqui no mérito da questão – os interessados em isso discutir estão mais do que convidados para uma rodada de Original em algum boteco sórdido na Rua Augusta.

O grande pecado do livro, de qualquer forma, está na narrativa em si. Como Robin Cook, que no seu Risco Calculado, acerta a temática do contexto (no caso, as bruxas de Salem e os efeitos do Prozak, acreditem...) mas erra a mão na narrativa, Dan Brown comete seus deslizes mas garante seu sucesso e o dinheiro na conta no final do mês de forma mais do que digna. A falha, não cometida por Robin Cook, mas levada a cabo por Dan Brown, bem como por outros escritores do gênero, é a falta de um bibliografia final, o que certamente garantiria maior “credibilidade” à obra (na medida em que um romance policial necessita de credibilidade...) e evitaria maiores discussões.

Uma pena, de fato, que poucos tenham a habilidade demonstrada por John Dunning em sua estréia, Edições Perigosas, em que a melhor narrativa policial é misturada com maestria com um contexto real e interessante (no caso, o mercado de livros raros nos EUA).

Assim, tendo começado a ler quase que a contra-gosto, e tendo acabado a leitura por puro prazer, resta-me uma surpresa e um medo. A surpresa pela qualidade do livro – se não pela sua qualidade técnica, pela sua qualidade no quesito “chamar a atenção” através de um pano de fundo bem delineado. O medo, por sua vez, é decorrente também do fato de ter acabado o livro por puro prazer: já imaginou se ao começar a ler Paulo Coelho com o simples objetivo de criticar acabo dele gostando? Bem, nesse caso não tenho tanto medo, devo admitir. Tenho certeza que Paulo Coelho não me decepcionará e confirmará minhas piores expectativas...

Monday, July 10, 2006

Do porquê eu "adoro" Praças de Alimentação

Sexta-feira, por exemplo, molharam meu arroz e chamaram de risotto.
Ai que maravilha!

Tuesday, July 04, 2006

Aos perdedores a aposentadoria

A Copa do Mundo ainda não acabou, embora seja essa a impressão que se tem ao andar nas ruas da cidade. As bandeiras foram tiradas das janelas, as camisas foram colocadas de volta no armário, as ruas não receberam reforço na pintura patriótica do asfalto e, graças ao bom Deus, as cornetas da 25 de março foram silenciadas.

Mas, analisando as últimas semanas de forma mais fria, relembrando as atuações do selecionado brasileiro, a impressão que se tem não é de que a copa já acabou - mas sim que ela nem mesmo chegou a começar. A sensação que se tem é algo semelhante ao lançamento da nave espacial Challenger, anos atrás: muito se preparou, se esperou, a festa foi armada, a cerevja colocada na geladeira, a pipoca colocada para estourar...até que, antes de se ter vontade de tomar a primeira cerveja e se ouvir o estouro da primeira pipoca, "o leite azedou e o filme queimou". Como a Challenger, que buscava atingir as estrelas, nossa seleção buscava atingir alturas inimagináveis para buscar a almejada "sexta estrela". E como a Challenger a seleção não passou de alguns metros de altura e seu desastre foi visível a olho nu.

As falhas que levaram a seleção de Parreira ao fracasso já foram analisadas, batidas, rebatidas e debatidas por todos os meios de comunicação e são bastante evidentes. Quanto a isso, não tenho novidade alguma para dizer.

O ponto é que, ao término dessa copa, em que, com raras exceções, os que fizeram parte da seleção brasileira saíram como perdedores, há um jogador que saiu mais perdedor que os demais e um jogador que saiu vitorioso, justamente por nada fazer.

O perdedor dos perdedores, evidentemente, é o "Zé Risada" da Copa de 1998, sr. Roberto Carlos. Após uma atuação desastrosa na França, Roberto Carlos conseguiu apagar momentaneamente suas falhas em lances capitais na copa anterior com uma atuação "Nota 6: não comprometeu" na copa de 2002. Encerrasse lá sua participação na seleção brasileira, não seria lembrado por grandes feitos, mas não seria recordado amargamente como será a partir do último sábado.

Hoje, caso se peça a qualquer brasileiro para que faça um esforço mental para listar as cinco primeiras cenas que lhe vem à cabeça ao se falar em Roberto Carlos na seleção, a lista invariavelmente será a seguinte:

1) A bicicleta mal-sucedida dentro da área do Brasil em 1998;
2) O chute na bandeirinha de escanteio no lance que originou o primeiro gol francês em 1998;
3) A belíssima cobrança de falta, cheia de efeito e veneno, um ano antes, salvo engano contra a própria França em algum torneio pré-copa, possivelmente a Copa das Confederações;
4) Roberto Carlos com cara de desdém e despeito, "deitado eternamente em berço esplêndido" na frente do banco de reservas do Brasil, durante o jogo contra o Japão na copa de 2006; e, por fim,
5) Roberto Carlos arrumando o meião enquanto Henry entra livre para marcar o gol que desclassificaria o Brasil da Copa da Alemanha.

Nada mal para um jogador que já foi considerado o melhor do mundo em sua posição, não?

Para coroar o fim do desastroso ciclo do lateral na Seleção Brasileira, um dia após a eliminação "em suas costas", Roberto Carlos anuncia que não deseja mais jogar pela Seleção Brasileira, anunciando sua "aposentadoria" da seleção já pedida por torcedores há anos, e que certamente seria efetivada por qualquer técnico que assumisse o comando da seleção após a copa. Ou seja, a última impressão que o povo tem é a de que Roberto Carlos, com uma última cartada, tentou ainda sair "por cima" da seleção, anunciando sua aposentadoria antes que a mesma fosse constatada nas próximas convocações...


Pois bem - se Roberto Carlos saiu como o grande perdedor da Copa, quem saiu como o vencedor:? Rivaldo. Rivaldo que, fazendo parte desta mesma geração, não teve sua história manchada por uma atuação desastrosa de uma seleção de astros. Rivaldo que pode dizer com orgulho que foi o melhor jogador Brasileiro por duas copas consecutivas, levando a seleção a um título e a um vice-campeonato.

Os números que Cafu e Roberto Carlos deixam na seleção parecerão pequenos ao se comparar ao futebol apresentado por Rivaldo em 1998 e 2002.

AVE RIVALDO! Que azar o nosso de não termos você novamente em grande forma em 2006! Que sorte a sua de não ter participado do fiasco de 2006!


P.S.: No fundo, o fato mais triste do fim da Copa do Mundo não é a eliminação do Brasil em si, mas sim a certeza de que, dentro em breve, o Campeonato Brasileiro recomeça, e teremos que nos contentar com Rosembrick para nos tirar da incômoda penúltima posição... ai Jesus!

Sunday, May 14, 2006

Chupinhando

Um cara falou isso na comunidade da BIZZ no orkut e achei perfeito - queria eu ter pensado nisso...

"MP3 é o comida a quilo da música: é prático, é bacana, é útil, é muito mais democrático, mas algo grosseiro."

AMÉM!

Tuesday, April 25, 2006

Pai: - Que filme você foi assistir hoje?
Eu: - Os três enterros de Melquíades Estrada.
Pai: - Nunca ouvi falar nesse diretor!
Eu: - .....!


P.S.: Blogs funcionam bem durante as férias...

Tuesday, February 21, 2006

Complete as lacunas... (ou fato curioso parte III)

"Desde seu início, o show já dava mostras de reunir todos os ingredientes fundamentais para um agitado acontecimento, durante duas horas de intensos embalos. O profissionalismo da equipe de produção, a sofisticada parafernália eletrônica, os requintes dos efeitos visuais, uma infra-estrutura jamais vista no Brasil em shows, os 140 mil watts da aparelhagem não falharam um único momento, davam o suporte para que o baixista __________, o guitarrista __________, o baterista ___________ e o cantor ________ mostrassem porque são capazes de lotar estádios de futebol. Desfilaram seus maiores sucessos, mostraram sua técnica vocal e instrumental em rocks pesados, baladas e canções românticas, alternando momentos de lirismo com outros de alta vibração, fazendo o público cantar as letras completas de quase todas as músicas."
Folha de S. Paulo do dia 21/__/____: Rock, luzes e muita emoção
Se você pensava que a resposta teria nomes como Bono, The Edge, Larry Mullen Jr. e Adam Clayton, está muito enganado. Coloque John Deacon, Brian May, Roger Taylor e Freddie Mercury e você terá a resposta certa: trata-se de reportagem da Folha de São Paulo publicada em 21/03/81, após o show para 200 mil pessoas que o Queen fez no mesmo estádio do Morumbi um dia antes.
Pressionante, não?

Fato Curioso - parte U2

Senhores,

O post principal está aqui embaixo, mas me esqueci de apontar um fato bastante curioso que mostra realmente a qualidade do espetáculo apresentado. Por inúmeros momentos esqueci-me completamnete da existência dos quatro músicos sobre o palco: não entortava o pescoço nem ensaiava pulos na tentativa de ver os quatro músicos. O telão tomava 100% de minha atenção...

A Beautiful Day

Antes de fazer qualquer consideração sobre o Show do U2 que vi ontem, devo, sem dúvida alguma, explicar os motivos que me levaram a ir ao show (e por conseqüência enfrentar 6 horas de fila um mês atrás...). Ao contrário dos mais de 70 mil fãs que lá estavam para ver “a banda de sua vida” ou “uma de suas bandas favoritas”, o U2 para mim não representava muita coisa. Ok, é uma banda cujo trabalho devo respeitar, mas mesmo assim não é uma banda que me toque de “uma forma especial”. Para mim é mais uma banda como tantas que se estiver tocando na rádio eu provavelmente não irei mudar de estação – mas nada além disso. Comprar CDs? Eu, tão viciado na compra dos redondinhos, tenho apenas uma coletânea da produção da banda na década de 80 – e é só. Uma coletânea que, por sinal, não ouço muito.

Devem estar se perguntando “e que foi fazer no meio daquela multidão então?”. Assistir a um espetáculo grandioso. Era isso que ouvia sobre a turnê – adjetivos superlativos, comentários sobre a beleza e a grandiosidade da produção. Vou perder uma oportunidade histórica dessas? Não senhor!

E lá estava eu ontem. Eu e mais 70 e poucas mil pessoas.

A coisa começou bastante morna com a entrada dos escoceses do Franz Ferdinand. Outra banda que eu não conhecia e que teve a ingrata tarefa de abrir um show daquelas proporções. Utilizando-se de um décimo do palco e de um centésimo da potência do som a impressão que a banda passava era a de que realmente estariam aptos a dar um grande show em um pequeno local fechado – mas lhes falta muito ainda para conseguirem captar a atenção de um estádio de futebol lotado.

E espera, espera, espera até que as luzes se apagam, a fumaça começa a subir e depois a sumir, revelando os contornos de The Edge. E então vem o inacreditável: o gigantesco telão atrás do palco se acende – e neste momento você sabe que está prestes a ver um dos maiores espetáculos da terra durante as próximas duas horas.

A banda é de fato extremamente profissional e competente. Uma bela cozinha, um belo guitarrista, um vocalista que é, acima de tudo, um grande performer, e, principalmente, um público impressionante, capaz de cantar de cabo-a-rabo todas as músicas do repertório da banda sem desanimar por um minuto sequer.

E a cada música o espetáculo visual tornava-se mais surpreendente. Em ‘Vertigo’ o telão mostra todo o seu potencial e em ‘Still Haven't Found What I'm Looking For’ é a vez do público mostrar todo seu potencial.

E a beleza tecnológica, que fique claro, não é exibida apenas pelo telão gigantesco. Como era de se esperar, em determinado momento Bono pede para que todos liguem as luzes de seus celulares...e pronto: você acaba de presenciar o momento mais bonito e emocionante da noite – um estádio lotado iluminado por luzes azuis e verdes por todos os lados cantando ‘One’ em uníssono. Inevitável não se ver imaginando no momento sobre como deve ter sido o mesmo Morumbi lotado cantando “Love of my life” (afinal, arrisco dizer que U2 é o herdeiro direto do Queen quando se fala em mega-shows...)...

Enfim, não tenho medo em dizer que, em termos de performance, nada superará o débil mental do Iggy Pop (não canso de repetir que ver o Bono Vox chamar uma moça da platéia para cantar uma música com ele no palco parece algo extremamente banal depois que já se presenciou uma invasão de palco incentivada pelo próprio Iggy Pop durante “No fun”...). Mas, da mesma forma, não tenho qualquer receio em dizer que em termos de espetáculo demorará muito para surgir alguém capaz de superar o que o Brasil viu ontem em transmissão quase ao vivo...

Senhores, eu fiz parte do maior espetáculo da Terra.

P.S.: Fato curioso foi meu desconforto assim que a banda entrou no palco. Acostumado com outros tipos de show, minha primeira reação foi erguer os braços com a mão fazendo o bom e velho símbolo “from hell” ( lml ). E conforme vou olhando em volta vejo que era o único fazendo o sinal – céus! Eu havia me esquecido que dessa vez o show não era de punk, não era de metal! Pelo contrário, era, de certa forma, o show de uma banda semi-gospel!

Sunday, February 19, 2006

Sobre o show do U2...

Uma apresentação competente de uma banda em grande fase. Uma estrutura grandiosa para uma banda grandiosa. Um público que não desanimou um minuto sequer apesar da chuva.

MAS, e daí? Eu já vi o Iggy Pop!
Vejamos se após o show eu mantenho essa opinião...

Friday, February 17, 2006

??

No dia do juízo final eu vou poder alegar que aquilo é um tribunal de exceção?

Friday, February 10, 2006

?

If ice cream, will you listen?

Wednesday, February 08, 2006

Imagine que estoura no Brasil um novo animê ou mangá japonês. A coisa vira febre mesmo. Crianças e principalmente adolescentes acompanham o mangá/animê de forma fanática. O enredo não vem ao caso. O importante é que o personagem principal da série se veste como um formando, de beca, chapeuzinho, canudo na mão e tudo mais.

Pois bem, essa série, até onde eu sei, não existe.

Mas, ainda assim, imagine um Anime-Friends ou um Anime-Com com centenas de cosplays do referido personagem...

Pois bem, isso existe, e como eu descobri semana passada se chama Colação de Grau da Escola Politécnica Da Universidade de São Paulo.

Thursday, February 02, 2006

MP3 e egoísmo

Estamos ficando cada vez mais egoístas.

Em tempos de antanho, qualquer adolescente que se prezasse tinha como sonho de consumo um mini-system com seus X Watts de potência, capaz de ensurdecer o mais paciente dos vizinhos. Não bastava que nós ouvíssemos a música que nós desejávamos. Era preciso que nossos irmãos, pais, avós, cachorros, vizinhos, vizinhos dos vizinhos, etc., ouvissem a mesma música. E se reclamassem ou pedissem para abaixar a solução era uma só: ativar o ultra-boost-mega-bass-dolby-surround-sound!

Mas hoje não. Qualquer adolescente que se preze nos tempos atuais tem um grande sonho de consumo: um I-POD. O importante é que no carro, na escola, no ônibus e na academia eu possa ouvir a MINHA música. O vizinho que se exploda, a rádio Alfa que papai ouve que vá para o inferno – ou melhor, que continue lá mesmo! Agora não sou obrigado a ouvi-la – eu tenho um I-POD!

E assim, desde a invenção dessa geringonça, certamente adquirida pelos meus vizinhos, eu não mais sei qual a última moda no axé baiano, qual o mais recente relançamento da música cubana e versão de qual música faz sucesso hoje na Jovem Pan!

E ainda dizem que esse tal de MP3 derrubou fronteiras na música...

Wednesday, February 01, 2006

Baixo - Ilustre Desconhecido - Parte 1

Lembro-me que certa vez, um bom tempo atrás, afirmei com aquela certeza que somente um pré-adolescente é capaz de ter sobre um tema que desconhece por completo, que ‘o baixo bem tocado é aquele que você não ouve’. Possivelmente eu estava tentando reproduzir algo que eu tinha ouvido alguém falar mas não tinha entendido corretamente – certamente alguém reclamando que em determinado disco (pretendo comentar sobre isso especificamente em outro texto...) ou show o baixo mal tocado ou mal preparado se sobrepunha por todo o som com seus graves...

Talvez com um certo tardar, mas ainda a tempo, venho tentar desfazer esse erro histórico de minha pré-adolescência. Primeiramente, desculpando-me com o próprio instrumento, pelo qual vim a ter grande admiração posteriormente. E em segundo lugar, peço desculpas a todos aqueles que em algum momento de alguma discussão foram alvejados por argumentos fracos que culminavam com essa afirmação esdrúxula e estapafúrdia.

Não querendo me justificar, mas já o fazendo, o fato é que o contra-baixo, ou baixo, como preferirem, é um ilustre desconhecido para a grande maioria do público da música pop. Não que não esteja presente – pelo contrário, a música pop é invariavelmente marcada por linhas de baixo bem construídas, de Beatles a Bee Gees, passando por Ivete Sangalo e Vanilla Ice.

Coloco o público da música pop como foco por uma série de motivos: primeiro porque é justamente o tipo de pessoa com quem temos mais contato no dia-a-dia, contato este que nos fez constatar que o baixo ainda é um anônimo dentre os instrumentos; além disso porque em outros estilos de música, notadamente o Jazz, o contra-baixo possui um lugar de tamanho destaque na música, e seus admiradores acompanham a música dedicando uma atenção praticamente inexistente dentre o público da música pop, que seria impossível ao instrumento manter seu anonimato dentro deste grupo de ouvintes.

A questão que se coloca é: por que o baixo ainda é visto pelo grande público como ‘aquela outra guitarra meio desajeitada’ e o baixista como ‘aquele cara que balança a cabeça sem parar mesmo sem ninguém ouvir o que ele está tocando’? Por que quando falamos para alguém que tocamos baixo ouvimos sempre aquele ‘Ah...’ em conjunto com aquela cara de ‘não entendi mas não vou perguntar...’? Por que mesmo com a música pop tendo linhas de baixo marcantes, comentá-las é falar com as paredes?

Arrisco dizer que a resposta começa na infância, dentro de casa. Salvo as exceções de pessoas que já nascem com uma habilidade notável para a música e os casos em que os pais incentivam a criança de forma contínua e adequada, não somos educados em nossas casas, e muitas vezes as escolas não buscam cobrir tais lacunas, a escutar música. Escutar não como meramente ouvir música, tal como ouvimos a obra do apartamento de cima ou o cachorro do vizinho latindo durante toda a noite. Escutar a música da mesma forma que na infância degustamos uma Negresco – primeiro a ‘tampa’, depois o recheio que lambemos vagarosamente, encerrando com a outra ‘casca’. Não que devêssemos ser educados desde criança a sermos chatos que só ouvem SACDs remasterizados nas caixas de som de 5 mil dólares que permitem um som mais puro é limpo, permitindo a correta identificação de cada instrumento em cada faixa. Ora, se comemos uma ou duas Negrescos do pacote desta forma calma e minuciosa, enquanto devoramos o restante, podemos também ser educados a ouvir a música no radinho de pilha de baixa qualidade (acho que hoje as crianças chamariam isso de MP3 a 96 kbps...) e escutar uma ou outra música quando desejássemos.

Mas, como se sabe, não é isso que acontece. Ouvimos a música desde criança como se fosse uma coisa só (e a celebrada MPB com seu banquinho e violão não ajuda muito a mudar isso, é claro...) que já vem meio pronta e em conjunto.

E assim vai passando o tempo, vamos adentrando nas escolas de música e fazendo nossas opções pelos instrumentos. A guitarra é a preferida, sem dúvida, desde os seis anos de idade – criança alguma é capaz de passar incólume por uma sessão da tarde com Marty McFly tocando Johnny B. Goode no baile ‘Encanto Submarino’ em De Volta para o Futuro. O piano e o teclado é velho conhecido de todos – seu som é facilmente identificável e sempre existe a avó ou o tio que tem um encostado em algum canto da sala... A bateria, por sua vez, é a opção dos barulhentos. Os metais, coitados, são jogados todo no mesmo saco... E o baixo... Bem o baixo, salvo as exceções antes apontadas, é a escolha óbvia do pré-adolescente que quer ser diferente, mesmo não sabendo muito bem para que serve aquele instrumento que está empunhando de forma meio desengonçada.

Como tenho consciência que as pessoas têm pouca paciência para uma leitura longa em blogs, dividirei o texto em duas ou três partes. O restante das divagações sobre o baixo, portanto, continuo na próxima oportunidade...

Friday, January 27, 2006

Conflito Moral na Mesa do Boteco

Inúmeros filósofos, pensadores, estudiosos, ou simplesmente bêbados, buscam o conflito ético-moral em Antígona, de Sófocles. São capazes de passar horas e horas discutindo acerca do conflito moral narrado pelo dramaturgo grego, sem chegar à conclusão alguma. São até mesmo capazes de, numa atividade de grande esforço mental, fazer as mais variadas e desvairadas elucubrações sobre o que os grandes pensadores da pequena história da minúscula humanidade pensam ou pensariam a respeito do conflito moral suscitado por Sófocles em sua mais famosa peça. (para quem ainda não faz a menor idéia do que estou falando, não sabe quem é Antígona, não sabe qual era a posição de Sófocles na democracia corinthiana, etc, aqui vai o primeiro link do google sobre o tema: http://www.paidea.hpg.ig.com.br/sofocles/antigona.htm – de qualquer forma o que não faltam são links e edições da peça no mercado, incluindo uma da L&PM Pocket que se encontra em qualquer banca de revistas da cidade...).
Nada contra o esforço dos nobres colegas de bar, faculdade e rodas de samba. Pelo contrário, a iniciativa, per si, já merece aplausos. A questão que se coloca é que hoje, deslocada da realidade, a peça de Sófocles já não é mais o meio ideal para a discussão do tema do conflito moral. É certo que ainda um ou outro tem contato com a peça no colegial, uns vários na faculdade e outros tantos compram o livro sem querer nas bancas da cidade. Mas há de se convir que em tempos de Big Brother, novela das 8 e Copa do Mundo se aproximando, Antígona, Creonte, Hêmon e qualquer outro desses personagens que hoje seria motivo de chacota na lista de chamada, caem merecidamente no esquecimento após duas ou três cervejas.
Merecidamente? Será que este que vos escreve é a favor de uma sociedade amoral? Pelo contrário! A discussão deve continuar, a discussão precisa continuar! Mas não mais através de Antígona, mas sim pelas portas do mundo que se mostram meios muito mais eficazes para a discussão do tema do conflito moral.
Quando digo "portas" me refiro àquelas do plano físico mesmo, aquelas de madeira, com maçaneta e tudo. Aquelas que abrem de sopetão para passar o capitão e tudo mais. Mas antes que me questionem já explico. Não é qualquer porta que é capaz de fornecer subsídio para a discussão moral. Existem um tipo específico, um único tipo. São aquelas portas que contém em seu centro a seguinte inscrição, geralmente em letras garrafais:
ENTRE SEM BATER

Ora, quem nunca parou diante de uma porta dessas e simplesmente travou – lá ficou, parado na frente da porta durante minutos, horas, talvez dias!, sem saber o que fazer?
Afinal, as regras são claras. Foi com muito esforço que mamãe conseguiu nos ensinar a amarrar os sapatos, falar por favor, não conversar com estranhos e sempre bater na porta antes de entrar. Mas a escola, por sua vez, nos ensinou a ler e a interpretar aquilo que lemos – e neste caso a mensagem é bastante clara – a porta diz com todas as letras: desobedeça sua mãe.
O QUE FAZER AFINAL? Obedecer à mãe, que te colocou no mundo e tem a sabedoria da experiência? Ou obedecer à porta, inanimada, porém forte, sólida e rígida como a boa lei deve ser?
Prostrado inerte diante da porta fechada, além de se sentir um imbecil, você também se sentirá um personagem de desenho animado. Possivelmente seus colegas de trabalho nesta indústria vital não são pessoas tão interessantes quanto Leôncio, Zeca Urubu, os irmãos Warner, Batatinha, Espeto, Gênio, Bacana, etc. Mas certamente, diante da porta, se você olhar para o seu lado você verá (além dos colegas rindo da sua cara) um mini diabrete sobre um ombro e um mini ser angelical sobre o outro, cada um recomendando uma atitude distinta.
Não pretendo aqui, de forma nenhuma, chegar a um veredicto final sobre qual a atitude que devemos tomar diante de tal desagradável situação. Esta é um questão que não poderá jamais ser respondida com convicção por uma única pessoa: apenas uma roda de bar barato poderá chegar a uma conclusão aceitável.
O ponto que realmente me interessava era justamente este: trazer a discussão moral, a velha dicotomia regra moral X regra positivada, novamente para as mesas de bar de nosso Brasil. Pois embora hoje poucos sejam proibidos de prestar as devidas homenagens aos familiares falecidos, o debate moral ainda deve ser mantido! Por isso, não seja o chato da mesa que fala de Sófocles, Platão, Habermas, Kant e Foucault. Seja aquele que permite o desenvolvimento da humanidade, trazendo nossas dúvidas existenciais para o nosso dia-a-dia, para a mesa de bar, etc. Seja aquele filósofo do Fantástico, da Super-interessante e abra as portas para a evolução, com ou sem bater.

Monday, January 16, 2006

Divagações sobre uma fila de compra de ingressos para o U2

Cheguei ao Pão-de-Açúcar Real Parque às 06h30 da manhã de hoje. As vendas dos ingressos para o show do U2 começariam apenas às 10h. Três horas e meia de antecedência me pareciam mais do que o suficiente para garantir meu ingresso – dormir em fila não é pra mim, muito menos para o U2.

E ao que tudo indicava eu estava certo: havia aproximadamente 100 pessoas na minha frente a essa hora. 100 pessoas, cinco guichês, pois bem! Não tinha erro! Contando com o azar, ou melhor, com uma má organização, até o meio-dia eu estaria com ingressos em mãos.

Ok, logo de cara eu já devia ter suspeitado de algo – cavaletes apenas nos 5 primeiros metros de fila não é bom sinal... Mas para que ser chato? Cavaletes e cordas seriam o de menos se tivéssemos ingressos. E devo confessar que até às 10h00 a coisa toda estava bem agradável. Amigos de fila, conversa, música e a experiência única de tomar banho-de-sol em plena Marginal (porquê tomar banho-de-sol na laje é coisa de burguês...).

E então, às 10h00 em ponto tudo pareceu começar a funcionar. Demos os primeiros passos – os primeiros de poucos... A partir de então a desorganização imperou. Conflito de informações, boatos, fila que não anda, não anda, não anda, não... mais dois passos... não anda, não anda, não anda... mais quatro passos e assim sucessivamente.

E enquanto estamos lá parados passa um "fã" do U2 de perna quebrada, outro de muleta, uma, duas, três, seis grávidas, um senhor de 75 anos, outro de 81, uma senhora acompanhada dos netos (eu não sabia que a banda de Bono Vox fazia tamanho sucesso na terceira idade!). Por pouco não ouvi alguém dizer "Sabe, é que a camisinha furou ontem e acho que engravidei...Posso ir na fila preferencial??". Isso sem contar as crianças de colo de um metro e setenta.

E então me lembrei "Bono Vox não é aquele cara que defende as baleias, quer acabar com a fome na África, quitar a dívida dos países do terceiro mundo, estabelecer uma tradição de honestidade política, convivência pacífica, etc.? Enfim, ele não é o bom moço por excelência?". E ao me lembrar disso tentei encontrar em qual ponto exato do pensamento Bonovoxiano se encaixava a Lei de Gérson. Sim, porque com tantos "fãs" de Bono Vox tentando tirar vantagem até na compra de ingressos, não deve haver outra explicação – Bono deve ser um defensor da vantagem a qualquer custo...

Foi assim que re-descobri o que eu já sabia. É bonito falar que é fã do Bono, não pelas músicas, mas sim por sua atitude altruísta e tudo mais. Ah, falar... tão fácil, não? Já agir de acordo...

Nem sequer comentarei hoje sobre a falta de organização, falhas no procedimento dos organizadores, a questão das meia-entradas, etc. Deixo isso para depois que eu descobrir se tenho os ingressos ou não. Sim, porque saí ao meio-dia e meia da fila, deixando meu irmão em meu lugar e até agora não sei se ele conseguiu chegar às bilheterias que pareciam tão próximas, porém tão distantes...

Sunday, January 15, 2006

Dúvida

O chocolate meio-amargo é um chocolate meio-doce?

Monday, January 09, 2006

A irrelevância de ser fiel

Ao contrário do que se propaga por aí, o homem, ser humano do sexo masculino, é fiel por natureza. Não que as inúmeras histórias sobre infidelidade conjugal protagonizadas por homens sejam caluniosas ou inverídicas. Pelo contrário, são a mais pura retratação da verdade. O que me espanta, no entanto, é que sejam justamente as mulheres que propaguem essas histórias aos quatro cantos – justamente elas, as culpadas! Elas, que agem como o estabanado beque central que, ao cometer a falta dentro da grande área, falta clara, falta escandalosa, simplesmente levantam os braços no mais hipócrita dos gestos.
Se ainda não entenderam meu ponto, serei mais claro e objetivo. As mulheres, que acusam os homens de infiéis, são justamente as responsáveis por esse desvio comportamental. E não me refiro à "amante" que, como poderia se imaginar, com as promessas e belezas ímpares, se mostrariam irresistíveis para o homem infiel. As culpadas são justamente as traídas. As que se dizem vítimas são justamente as culpadas, que acusam o inocente homem naturalmente fiel, corrompido pelo padrão comportamental da companheira.
Não buscarei aqui analisar quais os comportamentos femininos que dão causa à infidelidade – este é um trabalho que deixo às leitoras deste blog. Me limitarei a comprovar que o homem é por natureza fiel.
Basearei minha argumentação em dois pontos, mas esclareço que a fidelidade masculina pode ser constatada em inúmeros outros exemplos.
Primeiramente o barbeiro. Embora o homem seja conhecido por não ser vaidoso (metrossexuais à parte), uma análise mais minuciosa do comportamento masculino nos revela que o cabelo (ou a falta de, muitas vezes) é a grande, se não a única, preocupação estética do homem. Seu cabelo, enquanto existe, é seu bem mais valioso, principalmente quando escasso, já que, como é sabido, quanto mais difícil de se encontrar determinado objeto, mais valioso este é. E a quem o homem confia seu bem mais precioso? Ao seu barbeiro. Veja bem ao seu barbeiro. "Mas você vai simplesmente passar a máquina! Não pode ir no barbeiro aqui da esquina que é até mais barato?" "Não! Não posso trocar o Marcão assim, sem qualquer motivo relevante! Ele corta meu cabelo desde meus 4 anos – ele sabe todos os meandros e trâmites internos de meu couro cabeludo! Não posso traí-lo por uma questiúncula econômico-financeira!". E assim Marcão estabelece um vínculo de confiança e fidelidade que ultrapassa gerações...
E o que dizer do time de futebol do coração? Ora, a mulher só tem uma reclamação mais forte que a referente à infidelidade – a referente à atenção dispensado aos programas futebolísticos de Domingo e Segunda-feira à noite, que discutem o lance polêmico como se discutissem o futuro da nação e a necessidade da iminente guerra nuclear! E lá está o homem, diante da tv e do rádio, fiel não só ao seu time de coração como também à opinião de seu comentarista favorito e seu apresentador mais querido. Quem ouve Jovem Pan não suporta ouvir o som "ecoado" de uma rádio Bandeirantes. Quem escuta as besteiras positivas de um Sílvio Luiz, não se rebaixa às besteiras impensadas de um Galvão. E é claro, quem torce para o Grêmio jamais o troca pelo Internacional...
E mesmo nos casos do "ele só me trocou por ela porque ela era mais nova, bonita e exuberante" não cabe acusar o homem. A culpada é mais uma vez a traída. Ora, ninguém troca de time porque foi rebaixado e o arqui-rival possui um esquadrão de galáticos e goleadores de dar inveja a qualquer seleção campeã do mundo. Pelo contrário, é justamente na Segunda divisão que o amor e a fidelidade demonstram mais força e paixão!
Ora senhores e senhoras, nem mesmo preciso comentar sobre a fidelidade do homem à sua meia furada, ao chinelo gasto ou à cueca velha e confortável que usa para dormir. Está provado: homens são fiéis, fiéis no sentido mais vil e mesquinho da fidelidade. Mas fiéis.

Thursday, January 05, 2006

E o ano começou prometendo...

Deu hoje, no primeiro caderno do Estadão:

Cientistas acham o maior número primo, com 9 milhões de dígitos

(...)
O número recém-anunciado é 2 elevado à 30.402.457ª potência menos 1. (...) "Estamos muito empolgados". disse Steven Boone, um dos líderes do trabalho. "Procuramos por ele por um bom tempo."

A descoberta faz parte de um concurso internacional, o Gimps, que pagará US100 mil para quem achar um número primo Mersenne com pelo menos 10 milhões de dígitos.

(...)

________________

Como diria João Klébber: depos dessa, o país vai parar!

Friday, December 30, 2005

SAMBALANÇO 2005

Quem eu quero enganar? Não tem jeito. Blogs são todos iguais. Blogs são pessoais. E blogs encerram o ano com o bom e velho balanço de final de ano. Para que tentar ser diferente? Vamos ao sambalanço e às resoluções.

Primeiro, o ano de 2005.

Era um ano que tinha tudo para ser absolutamente normal e parado. Mas fiz questão de movimentá-lo, devo admitir. Mas deixemos isso para depois...

O começo foi promissor, com festas de aniversário realmente grandiosas – as (observem o plural) melhores que tive certamente – grandes comemorações, com grandes amigos e sem aborrecimentos!

E se não bastasse, o ano trouxe, ainda, um dos dias mais memoráveis de minha vida – se não o melhor, certamente o segundo melhor, já que teria de concorrer com a “estréia” da peça de teatro em 2003 que, por uma série de motivos, devido ao seu papel importante no contexto e em minha vida como um todo – até o momento – merece o lugar mais alto do pódio. Ah sim, já ia me esquecendo de mencionar o dia – 1º de maio: 1º Brócolis Carnudos Rock Festival.

E então o ano foi e veio com muito mais – grandes momentos, grandes trapalhadas, grandes aborrecimentos, grandes chances de acabar com as coisas do modo certo na hora certa, mas sempre a opção de acabar na hora errada do jeito errado pareceu mais tentadora.

Enfim, um ano movimentado, bastante movimentado, conforme desejado. Um ano em que, por mais que existam percalços, as grandes amizades se fortaleceram ainda mais, como não poderia deixar de ser (leia-se Brócolis e agregados), e as amizades recentes (sim, porque, em comparação com amizades que já ultrapassaram uma década, as amizades de fóruns e faculdade invariavelmente parecerão sempre recentes...) também se engrandeceram, expandiram e fortaleceram.

É, mal posso esperar por 2006! Quais as espécies de trapalhadas que aprontarei dessa vez? Quais serão os eventos memoráveis? Qual será o novo sabor de Mate Suíço que experimentarei? São muitas questões, com 365 dias para responder!

Senhores, nos vemos lá!

P.S.: Resoluções de Ano-novo:
1) Dirigir.
2) Me formar.E é só, pq já é bastante.

Saturday, December 24, 2005

Pensamento ocorrido ontem, num passeio natalino paulistano...

As pessoas se vestem para ir ao Shopping Iguatemi como se estivessem indo à FAAP! Ou seria o contrário...?

Fato curioso

Ontem, num sebo no centro da cidade, mais precisamente à Praça João Mendes, encontrei o VHS de uma das pornô-chanchadas estreladas pro Xuxa Meneguel. O preço? A módica quantia de R$650,00.

No primeiro andar, neste mesmo sebo, encontrei A comédia humana de Honoré de Balzac e seus belos 17 volumes, todos em capa dura, em perfeitas condições - um verdadeiro achado de fato. O preço? R$680,00.

Tirem suas próprias conclusões...

Sunday, December 18, 2005

CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO DO POVO BRASILEIRO

Brasileiro é um povo engraçado. Cansamos de reclamar que o mundo nos vê sustentados por um simples tripé, composto por mulheres, futebol e caipirinha. Entretanto, o que fazemos para mudar isso? Quase nada.

Buscando superar essa triste situação no cenário mundial é que eu, Paulo, através de meu fotolog e de meu blog, lanço a campanha "Vamos variar esses pés". O objetivo da campanha é bastante simples: se nós começarmos a encarar o nosso país como algo maior do que um mero somatório de "mulher, futebol e caipirinha", o mundo poderá também superar essa visão reducionista e ultrapassada do povo brasileiro.

Entretanto, uma campanha bem construída necessita de fases bem delimitadas e delineadas. Por isso na primeira fase buscaremos atacar a expansão de apenas um dos pés, dedicando-nos posteriormente aos dois restantes. Por motivos ÓBVIOS, o primeiro ponto a ser atacado é o que se refere ao futebol!

Dando início à campanha neste espaço eletrônico informo que NÃO SERÃO TOLERADOS COMENTÁRIOS SOBRE O ESPORTE BRETÃO, muito menos no que se refere ao âmbito internacional de suas competições. VAMOS FALAR DE VÔLEI, BASQUETE, HANDEBOL E PELOTA BASCA!
Comentários com as palavras e expressões "chupa porco", "tri", "tokyo", "mundial", etc., serão sumariamente apagados. Comentários e loas com as expressões "glorioso/imponente alvi-verde" e "copa rio de 1951" serão tolerados como forma de exceção - tão necessária para a constituição de qualquer regra.

Friday, December 16, 2005

Previsão do tempo

O Sol reaparece hoje, desde manhã. Pancadas de chuva previstas para assim que você descer do ônibus.

Thursday, December 15, 2005

Cientistas medem pela primeira vez uma anã branca

Após mais de 15 anos de tentativas frustradas, cientistas da Universidade de Cambridge, em trabalho conjunto com membros da Academia Real de Medição Universal Inglesa, foram capazes de medir uma anã branca.
A anã, cujo nome não foi revelado, comportou-se bem durante todo o processo. "Certamente a cooperação da própria anã foi fator determinantepara o sucesso da pesquisa" afirmou John Holyhand, cientista chefe da equipe.
Dados ainda não oficiais sugerem que a anã branca tinha uma altura de aproximadamente um metro e vinte e dois centímetros, aliados a poderosos bustos de 73 cm e 76 cm de quadris. Tratam-se de números impressionantes se levados em consideração os resultados obtidos na década de 70 nas primeiras experiências envolvendo anãs negras e orientais.
Segundo o pesquisador da Academia Real, Saulman Shaux, os resultados obtidos podem contribuir muito para a superação do obsoleto sistema métrico, utilizado na maior parte do mundo: "O sistema de anões brancos mostra-se cada vez mais preciso. Sua confiabilidade é infinitamente superior a qualquer sistema já criado até hoje".
(colaborou Zé).
Bem, pelo menos seria uma notícia mais interessante que http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2005/dez/14/74.htm